A primeira é que acabou o semestre mais produtivo de minha carreira como professor. Estou muito cansado ainda, mas creio que agora terei mais tempo para as coisas que quero desenvolver.
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A segunda é que Federer igualou Sampras e ganhou Roland Garros. Fiquei mais feliz por isso que pela goleada do Brasil sobre o Uruguai no Centenário de Montevidéu. Vi quanto Roger queria esse título, e todos sabem o quanto merece. Há atletas que são excelentes como atletas, que eu respeito e admiro, como Phelps, Pelé, Schumacher, e outros; mas não tenho paixão por eles. A diferença, para mim, no caso de Federer, é ver um SER HUMANO que admiro chegar ao panteão dos maiores de todos os tempos. Ele está ao lado de Muhammad Ali no meu coração. Sempre foi o melhor tenista de todos os tempos; agora, é também o maior.
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Outro dia vi num anúncio sobre Dom Casmurro a seguinte chamada: o livro que inspirou a minissérie Capitu. Ué? Alguém achava que fosse outro? Isso agora vai alavancar as vendas da obra? Ou eu estou ficando ultrapassado em relação à cultura de massa?
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Encontrei uma ex-aluna no Extra, aqui perto de casa. A mãe tirou a menina da escola, porque ela tinha dificuldades mentais. Não deixou que fizesse o médio, só o fundamental.
Três anos depois, reconheço a menina mais tímida, menos comunicativa, e com o olhar mais triste. Olhar que só se alegrou ao reconhecer minha namorada, que foi professora dela.
Se você, professor, às vezes julga que não faz diferença, é porque não vivenciou uma cena como essa em sua vida. Lamento pela atitude da mãe. A escola tem de ser, mais do que nunca, o lugar da inclusão, mesmo com todos os problemas.
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