Na segunda-feira passada, dia 21 de junho, posso dizer que consegui demonstrar pessoalmente minha admiração por dois grandes cabeças da internete atual. No Sindicato dos Engenheiros, pertinho da Câmara Municipal, pude assistir a um debate de alto nível sobre a imprensa e a blogosfera, a propósito do lançamento do livro Liberdade de Expressão X Liberdade de Imprensa, do professor Venício Lima. Infelizmente - e um tanto vergonhosamente também - não pude adquirir o livro, pois pensei que poderia comprá-lo com cartão de crédito e levei pouco dinheiro. O leitor compreenderá que não foi sovinice da minha parte, apenas precaução, pois andar a pé no centro da cidade, à noite, com somas consideráveis de dinheiro, não é nada recomendável.
Na mesa de debatedores, estavam presentes algumas das cabeças mais brilhantes que conheço, como o professor Venício, autor do livro, e primeiro a chamar minha atenção para a diferença entre direito individual e direito corporativo de expressão de ideias; o grande jornalista Mino Carta, reserva moral da imprensa brasileira; o professor e pensador Fábio Konder Comparato, reserva de lucidez no debate da ciência política. Mas devo confessar que, embora admire esses homens que citei, meu interesse estava focado nas falas de Paulo Henrique Amorim e, principalmente, Luis Nassif. E não por considerá-los mais brilhantes ou mais inteligentes que Mino ou Konder (para os quais penderia a balança na comparação, em função do peso da história de sua atividade intelectual); admiro-os porque acompanho seus blogues e julgo que eles - incluindo aí também o Azenha - foram os primeiros a compreender a nova estrutura de gerenciamento de informação trazida pela internete, e os primeiros a empreender uma ocupação efetiva desse espaço. A fala de Nassif foi um alento de clareza nesse sentido: segundo ele, o jornalismo tem de se transformar, porque a informação passará a vir de diversas fontes, todas acessíveis ao leitor, e o mais importante não será consegui-la na frente de todos, mas sim saber interpretá-la adequadamente dentro de uma grande massa de dados recolhidos de vários espaços e produtores.
Não sou disso de tietagem, mas fiz questão de cumprimentá-los pessoalmente no fim do evento, e dizer que acompanho seus textos. Eles provavelmente não sabem que este blogue existe, mas efetivo esta postagem como um segundo gesto de admiração, respeito e apoio.
E juro que vou comprar o livro pela internet. Senão fica chato, né?
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