domingo, 30 de maio de 2010

Novas concepções na arte de comprar

Fazendo compras, hoje, num grande hipermercado, topei com duas situações que me fizeram rever alguns conceitos.
Primeiro, vi que a água Bonafonte estava sendo vendida em dois formatos, um de 1,5 litros, custando R$ 1,20, e outro de 5 litros, a 4,99 (um dia farei uma postagem explicando por que acho absolutamente ridículo esse negócio de vírgula noventa e nove). Cálculo simples: o galão de 5 litros, a 5 reais, era mais caro que 6 garrafas de 1 litro e meio (total de 9 litros) a R$ 7,20. Pergunta: qual é a vantagem do galão? Ele é mais complicado de carregar, oferece menos alternativas de compra de quantidades (posso escolher entre 3, 4 ou 5 garrafas, mas, para essa quantidade de água, teria necessariamente de levar 1 galão), traz exatamente o mesmo produto (a não ser que a água do galão seja benta!) e CUSTA MAIS CARO!
Em seguida, fui comprar um potinho de Nutella, de que sou absoluto fã. Um copinho de vidro contendo 180g do produto estava sendo vendido a R$ 3,99 (quatro, né?). Um potinho de plástico do mesmíssimo creme, provavelmente com o mesmo gosto (a não ser que o plástico tenha propriedades especiais sobre a avelã) continha 350g (ou seja, não chegava nem ao dobro da quantidade do potinho de vidro) e custava R$ 8,49 (ou seja, mais que dois potinhos de vidro). Essa opção pelo pote maior, que ainda acarretaria a desvantagem de não se poder usar o pote de plástico como copo posteriormente, quem em sã consciência faria?
Houve um tempo em que eu acreditava nas embalagens maiores, com maior quantidade dos produtos, como uma forma de fazer com que o consumidor pudesse economizar ao comprar mais do mesmo, ou seja, como uma estratégia para torná-lo fiel à marca. Eu até chamava essas opções de "econômicas". Agora podemos chamá-las, tranquilamente, de opções cínicas. Algo como "leve mais e pague mais ainda". Brincadeira?

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